O bloco anexo foi implantando com sua lateral recauda da preexistência através uma esquadria que referencia a o ângulo da esquadria da preexistência na esquina criando uma “nova esquina” que dá acesso direto ao café/loja e ao auditório possibilitando o uso dos mesmos de forma independente da exposição.

Para ligar os dois edifícios é feita uma passarela de vidro recuada que se apoia nas vigas sobre o antigo jardim. Essa discreta ligação acontece nos dois pavimentos da preexistência, provocando uma boa ligação e fluidez entre os dois edifícios possibilitando um acesso coberto de um bloco ao outro em qualquer pavimento. O novo bloco busca uma maior verticalidade fazendo ligação entre preexistência, bloco anexo e entorno imediato. Para ter unidade e diálogo com a calçada a fachada de concreto aparente ganhou um rasgo no térreo na mesma altura das esquadrias da preexistência. Alem disso, a modulação e materialidade das novas esquadrias ajudam a trazer uma unidade as duas obras. O vazio criado na nova obra é referenciado na obra de Dorfman e, ainda, procura valorizar o vazio do antigo jardim, unindo-se a ele.

A exposição é disposta em duas áreas que se ligam pela passarela. A primeira área é o térreo da preexistência que recebe a exposição por ser um espaço amplo e por ter uma boa permeabilidade visual com a rua. A ideia é aproximar a população Porto Alegrense da arte provocando curiosidade. O segundo espaço de exposições se trata de uma sala mais discreta que possibilita a exposição de obras mais sensíveis à luz. O café e loja ficam no subsolo que tem acesso pela tanto entrada principal na Rua 24 de outubro quanto pela Rua Quintino Bocaiúva, possibilitando que os mesmos não sejam de uso exclusivo dos visitantes do prédio, mas também, de todos que circulam pela área. Assim, aumentando a vitalidade do edifício.